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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nem Hipo, nem Hiper ... O assunto é Câncer de Tireóide!


A típica apresentação do Câncer de Tireóide é em paciente na faixa etária entre 25 e 65 anos, sendo que a freqüência em mulheres é duas vezes maior que nos homens. Não é um câncer comum representando somente 1 a 2% de todos os cânceres, todavia é o tipo de câncer endócrino mais comum e a incidência da doença aumentou em 10% na última década, porém sua mortalidade diminuiu.

O Câncer de tireóide ocorre normalmente durante a reposição de células velhas da tireóide por células recém-produzidas em um processo constante e regulado. Em alguns casos, certas células se tornam anormais e não acompanham o ciclo de crescimento comum. Quando estas células anormais continuam a crescer e a se reproduzir de maneira descontrolada, formam um tumor.

Há quatro tipos principais de câncer de tireóide:
- Carcinoma papilífero - É o mais comum sendo cerca de 65 a 80% dos casos diagnosticados. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, mas é mais freqüente entre 30 e 50 anos. A taxa de cura é alta, chegando a quase 100%.
- Carcinoma folicular – Cerca de 10 a 15% dos casos. Costuma ocorrer em indivíduos com mais de 40 anos. É mais agressivo do que o papilífero. Em dois terços dos casos, não têm tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o Hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.
- Carcinoma medular – De 5 a 10% dos casos, afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. É de difícil tratamento e, usualmente, se apresenta de moderado a muito agressivo.
- Carcinoma anaplásico ou inmedular – Cerca de 3 a 5% dos casos, sendo o mais raro. Contudo, é do tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil. É responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireóide.

Diagnóstico:
Um médico normalmente pedirá exames para confirmar ou descartar uma suspeita de câncer de tireóide. Ele irá inicialmente fazer um exame físico com palpação e pode notar nódulos simples ou múltiplos aumentados. Neste caso, irá solicitar alguns exames de sangue para verificar o funcionamento da tiróide, tais como: dosagens de hormônios tireoideanos, T3  (radioimunoensaio de T3, triiodotironina) ;T4  (teste de tiroxina) ; exame de supressão da dexametasona (teste de supressão de cortisol), Calcitonina sérica e ACE (antígeno carcino-embrionário).

Se julgar necessário, pedirá também outros exames tais como:
- Ultra-som da tiróide: as ondas sonoras apresentarão um gráfico da tiróide e este exame permite que o médico visualize o conteúdo do nódulo, principalmente se é líquido ou sólido.
- Biópsia ou punção aspirativa por agulha fina (PAAF): uma pequena quantidade de tecido da tireóide será retirada por meio de uma agulha fina e o material será analisado microscopicamente. É um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de câncer de tireóide por ser mais simples, seguro e de baixo custo.

Tratamento:
Há muitas opções indicadas para o tratamento do câncer de tireóide. A maioria dos tratamentos comuns inclui a remoção do câncer através de cirurgia. A cirurgia pode envolver a remoção total ou parcial da glândula tireóide. Após a tireoidectomia total, a maioria dos pacientes é também submetida à remoção do tecido remanescente. Este é um procedimento importante, pois vai ajudar a eliminar células cancerosas da tireóide que não foram eliminadas durante a cirurgia.

Para a remoção do tecido remanescente, pacientes tomam um líquido ou ingerem uma cápsula que contém uma pequena quantidade de iodo radioativo chamado I131 (Iodo cento e trinta e um). É necessário que o paciente esteja em hipotireoidismo e portanto só ocorrerá cerca de 30 dias após o paciente estar sem reposição hormonal tireoidiana. Há também uma rigorosa dieta a ser seguida e é necessário evitar contato com qualquer substância que contenha iodo em sua composição. Para o tratamento é necessário internação hospitalar de 3 dias em regime de isolamento porque após a ingestão da dose de iodo radioativo, são necessárias medidas para evitar a contaminação ambiental e de pessoas próximas, pois a radiação é eliminada pela pele, urina e fezes.  Felizmente, este tratamento apresenta poucos efeitos colaterais e em geral são bem tolerados. Sensações como alteração do paladar e inflamação nas glândulas salivares podem ocorrer.

Para confirmar se todas as células cancerosas foram removidas, o médico provavelmente vai recorrer ao exame denominado Pesquisa de Corpo Inteiro (PCI) para checar a atividade da tireóide. Esse exame é uma espécie de tomografia mais detalhada que vai mostrar se há células tireoideanas existentes no organismo do paciente ainda. Para a realização desse exame é necessário todo um preparo por parte do paciente.

Após o término do tratamento, seu médico recomendará que você tome hormônios tireoidianos (T3 e/ou T4), que essencialmente repõem os hormônios que seriam produzidos por sua glândula tireóide.

"O câncer de tireóide é um dos tipos mais tratáveis de câncer. Mas significa, por outro lado, uma vida de cuidados monitorados e exames, para que a qualidade de vida seja mantida nos anos seguintes ao tratamento inicial."

1 comentários:

Blog Dr. Severino disse...

Muito bom post!

Esses dias postei em meu blog algo sobre Hipo e hiper...

Conheca www.doutorseverino.org